Nascido em 1873, era jornalista, xilógrafo,
"herdeiro do espírito combatente de seu
genitor - Jeremias da Rocha Nogueira". Faleceu
em 14 de dezembro de 1919. Dirigiu
o jornal O Mossoroense de 1902 até sua
morte.
Na segunda conferência do I Ciclo de
Conferências e Estudos Mossoroenses, em
agosto de 1958, o jornalista e escritor Jaime
Hipólito Dantas assim se expressou:
"De João da Escóssia, pode-se dizer, primeiro
que tudo, que se tratava de um artista
de primeira ordem. Era um admirável xilógrafo,
com uma capacidade simplesmente
extraordinária para retratar, em madeira,
com o auxílio de um mero canivete, figuras
do seu tempo ou de outras épocas, como ainda
objetos, fatos ou alegrias para a ilustração
de notícias ou reportagens.
A arte do xilógrafo João da Escóssia estaria
a merecer um estudo à parte por um
entendido na matéria. Como se explicar que
um homem do interior, sem qualquer estudo
especializado, haja chegado a dominar
com tal perfeição a arte, não tão fácil,
da xilogravura? Possuía o artista o senso
da observação dos detalhes mais diminutos.
Parecia ser ágil, sutil e penetrante.
Uma vocação, sem dúvida, de puro retratista,
que a província, na pequenez das suas
proporções, no incolor da sua vida no princípio
do século, não pode devidamente valorizar".
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